História
A povoação de Caixa-só, que pertencia ao município de Pereiro foi elevada á vila pelo decreto de número 53, de 30 de agosto de 1890, em território daquele município, que teve a sua emancipação política em 21 de outubro de 1842, quando a população de Santos Cosme e Damião foi elevada à categoria de vila e criado o município.
Em 20 de maio de 1931, foi extinto o município de Pereiro, pelo decreto número 193, passando a população de Iracema a pertencer e integrar o município de Jaguaribe-mirim. Já em 1933, dois anos depois, o decreto de número 1.156, de 04 de dezembro, foi restaurado o município de Pereiro, e Iracema voltou a fazer parte do seu território.
Iracema originou-se da antiga fazenda de criar e plantar, denominada Caixa-só, de propriedade do Comissário Pedro de Sousa, situada à margem direita do Rio Figueiredo, afluente do Rio Jaguaribe.
O Nome Caixa-só foi corrompido pelo linguajar popular para Quixóa-só e depois para Quixoxó. Alguns historiadores, como Antônio Bezerra e Pompeu Sobrinho afirmam que o nome certo, original, primitivo e apropriado do lugarejo é Quixó-açu, que significa a caça grande que cai no quixó. Quixó etimologicamente significa armadilha para pegar pequenos animais, e nisso difere da arapuca, que serve para pegar aves, além de que esta é armada na superfície da terra, e o quixó em buraco.
Os habitantes do município, entretanto, acreditam que o nome original era mesmo Caixa-só, em razão de ter sido encontrado no local, debaixo de um pau darco, uma caixa grande e bonita, que chamou a atenção dos circunstantes, sem coisa alguma dentro, deixada, supõe-se, por um caixeiro-viajante.
Em 1830, o lugar recebeu o nome de Caixa-só e lá não havia nada além da casa de fazenda de propriedade do Comissário Pedro de Sousa e algumas casas de taipa pertencentes aos sitiados.
Ao adquirir a fazenda, em fins desse ano, presume-se, Manoel Pereira fez constituir ali uma capela, no local onde hoje se situa a Praça Casimiro Costa Moraes. Aludida capela foi demolida em 1830, ano em que foi construída a atual matriz.
De simples fazenda em 1830, Caixa-só foi aumentando até se tornar vila em 1890, conforme já se afirmou.
Nesse ano e através do decreto que a elevou à categoria de vila, Caixa-só passou a denominar-se IRACEMA, em homenagem ao romance do escritor cearense José Martiniano de Alencar, que o escreveu e o fez publicar em 1865.
O Nome IRACEMA é de certa forma arbitrário, criado por José de Alencar, como arbitrária é a designação genérica que o autor aplica ao livro - lenda do Ceará. História ou mitologicamente, não há por onde justificar essa classificação. Exceto a crônica habilidosamente recolhida da nebulosidade dos documentos coloniais , sobre o qual, evemeristicamente, Alencar estabeleceu o fundamento de seus mitos indígenas. À parte isto, não preexistiu à invenção alencarina qualquer lenda ou tradição, que servisse de apoio ou argumento romanesco por ele utilizado, sem embargo da afirmação, no texto, com referência a "uma história, que me contaram nas lindas várzeas onde nasci, à calada da noite, quando a luz passeava no céu argentando os campos, e a brisa fugitiva nos palmares".
Há quem afirme, com certa propriedade, que o nome IRACEMA ele criou numa homenagem ao continente americano, vez que as suas letras são as mesmas que formam a palavra América.
Distrito grande, progressista e bem povoado, encetou forte movimento objetivando se elevar à categoria de município, contando para isso com o apoio forte e decisivo do então deputado estadual Franklin Gondim. Em 1951, pela lei número 1.153, de 22 de novembro, foi o distrito elevado à categoria de município, tendo a sua instalação ocorrido no dia 25 de março de 1955, com a posse dos vereadores, que elegeram presidente da câmara Municipal, José Cavalcante de Oliveira e do Prefeito Antônio Carlos de Amorim, que governou o município até 25 de março de 1959.
SITUAÇAO GEOGRAFICA
O município de Iracema fica situado na micro região da serra do Pereiro, no médio Jaguaribe, à margem direta do Rio Figueiredo, numa área de 766,63 quilômetros quadrados. A altitude da cidade é de 140 metros acima do nível do mar e suas coordenadas geográficas 5º 48' 46" S; longitude - 38º 18' 19"W.
Além da sede, possui o município os distritos de São José dos Famas e Ema. O distrito de Potiretama foi elevado à categoria de município, tendo o distrito de canidezinho integrando o território do novo município. A população atual do município de Iracema é de 13.155 habitantes, sendo 6.496 homens e 6.659 mulheres.
Dentre os açudes públicos se destacam os da Canafístula, Ema e do Holandino, e particular o de Zé de Queiroz.
O município é cortado pela CE 105, que liga ao Rio Grande do Norte, por um lado e à BR 116, e, consequentemente a Fortaleza, por outro lado, possuindo, ainda, uma boa malha viária, construída por estadas vicinais, interligando a sede aos distritos, povoados, sítios e fazendas.
Limita-se o município de Iracema: ao norte com os municípios de Jaguaribe e Alto Santo, ao sul com os municípios de Ereré e Pereiro, ao leste com o município de Potiretama e ao oeste com o município de Jaguaribara.
CONDIÇÕES FÍSICAS
A geografia da área que constitui o município de Iracema é predominantemente cristalina (pré-cambriana)e apresenta um relevo bastante movimentado, sobre tudo a oeste e sul.
A litologia dessa área, gnáissica-granítica, associada à semi-aridez que tão bem a caracteriza, impõe ao relevo local um padrão de dissecação onde predominam as cristas. Em menor escala, pode ser observada dissecação em forma de colinas, sobretudo nas elevações de cotas, mais significativas, valendo ressaltar a ocorrência de relevo cárstico - a nordeste do município, ocupando costas altimétricas de torno de trezentos metros de altitude, sem contudo representar tensão territorial muito significativa.
Ressalta-se, por fim, a insignificante variação climática existente dentro do município, sobretudo, em decorrência da topografia regional.
AGRICULTURA
O município de Iracema, em termos de economia rural, encerra condições semelhantes ao contexto sócio-econômico do sertão cearense ou nordestino, apresentando estrutura fundiária com predominância de pequenas propriedades enquadradas na categoria de minifúndios, os quais representam 58% da área destinada à agricultura. Por outro lado, 42% da área a ser explorada fica em poder dos grandes proprietários, no caso os latifundiários.
Apesar da pequena gleba de terra em mãos dos pequenos proprietários, são eles quem praticamente sustentam a produção do município, haja vista que as grandes extensões de terra em poder de reduzido números de pessoas são praticamente improdutivas, ou melhor, representam um baixo grau de aproveitamento econômico.
O município possui uma área agrícola no total de 136.096 hectares, distribuídos entre 1.306 propriedades, devidamente cadastradas.
As terras agricultáveis do município são apropriadas para as seguintes culturas: algodão, milho, feijão, mandioca e frutas, notadamente as cítricas e a banana que abastece grande parte do comércio local.
Mesmo assim, no que se refere aos produtos básicos para alimentação, tais como: milho, feijão e principalmente o arroz, não se produz o suficiente para atender à demanda interna.
PECUÁRIA
Depois da agricultura esta é a segunda fonte de economia do município, com um rebando de vinte e cinco mil bovinos, cinco mil suínos, dois mil asininos, mil e quinhentos equinos, seis mil caprinos e dezesseis mil bovinos.
INDÚSTRIA
A atividade industrial no município ainda é pouco expressiva, considerando que a base econômica deste se encontra no setor agropecuário. O município já possui uma destacada e importante indústria têxtil, caracterizada pelo beneficiamento de fibras de algodão, de óleo, torta e línter, que era mantida pela Cooperativa Agrícola dos Produtores do Médio Jaguaribe Ltda - COOCEMA, que tinha uma área que abrangia além de Iracema, os municípios de Pereiro, Alto Santo e Jaguaribara, tendo lamentavelmente, essa Cooperativa sido extinta e a fábrica, cujo maquinário foi importado da Alemanha, sido vendido.
Existem, porém, pequenas indústrias, na exploração da madeira, couro, peles, confecções e produtos alimentícios.
COMÉRCIO
O intercâmbio comercial é feito com maior intensidade com os municípios mais próximos, tais como: Alto Santo, Limoeiro do Norte, Jaguaribe, Pereiro, Ererê, Potiretama, Tabuleiro do Norte e Russas e com os Estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco.
O comércio local está representado por estabelecimentos varejista e atacadista, sendo o primeiro o que compõe o maior número, face ao pequeno capital empregado.
Os meios de distribuição e intercâmbio desse comércio se realizam através de uma feira- livre, de um centro de abastecimento e do mercado público.
A Feira-livre se realiza aos dias de sábado e nela encontramos a venda, variedades em gêneros alimentícios, miudezas em geral, confecções, etc. A maior parte de feirantes são dos municípios vizinhos, principalmente de Pereiro, Alto Santo e Rio Grande do Norte. O município possui cerca de 140 estabelecimentos comerciais, funcionando atualmente.
História
A povoação de Caixa-só, que pertencia ao município de Pereiro foi elevada á vila pelo decreto de número 53, de 30 de agosto de 1890, em território daquele município, que teve a sua emancipação política em 21 de outubro de 1842, quando a população de Santos Cosme e Damião foi elevada à categoria de vila e criado o município.
Em 20 de maio de 1931, foi extinto o município de Pereiro, pelo decreto número 193, passando a população de Iracema a pertencer e integrar o município de Jaguaribe-mirim. Já em 1933, dois anos depois, o decreto de número 1.156, de 04 de dezembro, foi restaurado o município de Pereiro, e Iracema voltou a fazer parte do seu território.
Iracema originou-se da antiga fazenda de criar e plantar, denominada Caixa-só, de propriedade do Comissário Pedro de Sousa, situada à margem direita do Rio Figueiredo, afluente do Rio Jaguaribe.
O Nome Caixa-só foi corrompido pelo linguajar popular para Quixóa-só e depois para Quixoxó. Alguns historiadores, como Antônio Bezerra e Pompeu Sobrinho afirmam que o nome certo, original, primitivo e apropriado do lugarejo é Quixó-açu, que significa a caça grande que cai no quixó. Quixó etimologicamente significa armadilha para pegar pequenos animais, e nisso difere da arapuca, que serve para pegar aves, além de que esta é armada na superfície da terra, e o quixó em buraco.
Os habitantes do município, entretanto, acreditam que o nome original era mesmo Caixa-só, em razão de ter sido encontrado no local, debaixo de um pau darco, uma caixa grande e bonita, que chamou a atenção dos circunstantes, sem coisa alguma dentro, deixada, supõe-se, por um caixeiro-viajante.
Em 1830, o lugar recebeu o nome de Caixa-só e lá não havia nada além da casa de fazenda de propriedade do Comissário Pedro de Sousa e algumas casas de taipa pertencentes aos sitiados.
Ao adquirir a fazenda, em fins desse ano, presume-se, Manoel Pereira fez constituir ali uma capela, no local onde hoje se situa a Praça Casimiro Costa Moraes. Aludida capela foi demolida em 1830, ano em que foi construída a atual matriz.
De simples fazenda em 1830, Caixa-só foi aumentando até se tornar vila em 1890, conforme já se afirmou.
Nesse ano e através do decreto que a elevou à categoria de vila, Caixa-só passou a denominar-se IRACEMA, em homenagem ao romance do escritor cearense José Martiniano de Alencar, que o escreveu e o fez publicar em 1865.
O Nome IRACEMA é de certa forma arbitrário, criado por José de Alencar, como arbitrária é a designação genérica que o autor aplica ao livro - lenda do Ceará. História ou mitologicamente, não há por onde justificar essa classificação. Exceto a crônica habilidosamente recolhida da nebulosidade dos documentos coloniais , sobre o qual, evemeristicamente, Alencar estabeleceu o fundamento de seus mitos indígenas. À parte isto, não preexistiu à invenção alencarina qualquer lenda ou tradição, que servisse de apoio ou argumento romanesco por ele utilizado, sem embargo da afirmação, no texto, com referência a "uma história, que me contaram nas lindas várzeas onde nasci, à calada da noite, quando a luz passeava no céu argentando os campos, e a brisa fugitiva nos palmares".
Há quem afirme, com certa propriedade, que o nome IRACEMA ele criou numa homenagem ao continente americano, vez que as suas letras são as mesmas que formam a palavra América.
Distrito grande, progressista e bem povoado, encetou forte movimento objetivando se elevar à categoria de município, contando para isso com o apoio forte e decisivo do então deputado estadual Franklin Gondim. Em 1951, pela lei número 1.153, de 22 de novembro, foi o distrito elevado à categoria de município, tendo a sua instalação ocorrido no dia 25 de março de 1955, com a posse dos vereadores, que elegeram presidente da câmara Municipal, José Cavalcante de Oliveira e do Prefeito Antônio Carlos de Amorim, que governou o município até 25 de março de 1959.
SITUAÇAO GEOGRAFICA
O município de Iracema fica situado na micro região da serra do Pereiro, no médio Jaguaribe, à margem direta do Rio Figueiredo, numa área de 766,63 quilômetros quadrados. A altitude da cidade é de 140 metros acima do nível do mar e suas coordenadas geográficas 5º 48' 46" S; longitude - 38º 18' 19"W.
Além da sede, possui o município os distritos de São José dos Famas e Ema. O distrito de Potiretama foi elevado à categoria de município, tendo o distrito de canidezinho integrando o território do novo município. A população atual do município de Iracema é de 13.155 habitantes, sendo 6.496 homens e 6.659 mulheres.
Dentre os açudes públicos se destacam os da Canafístula, Ema e do Holandino, e particular o de Zé de Queiroz.
O município é cortado pela CE 105, que liga ao Rio Grande do Norte, por um lado e à BR 116, e, consequentemente a Fortaleza, por outro lado, possuindo, ainda, uma boa malha viária, construída por estadas vicinais, interligando a sede aos distritos, povoados, sítios e fazendas.
Limita-se o município de Iracema: ao norte com os municípios de Jaguaribe e Alto Santo, ao sul com os municípios de Ereré e Pereiro, ao leste com o município de Potiretama e ao oeste com o município de Jaguaribara.
CONDIÇÕES FÍSICAS
A geografia da área que constitui o município de Iracema é predominantemente cristalina (pré-cambriana)e apresenta um relevo bastante movimentado, sobre tudo a oeste e sul.
A litologia dessa área, gnáissica-granítica, associada à semi-aridez que tão bem a caracteriza, impõe ao relevo local um padrão de dissecação onde predominam as cristas. Em menor escala, pode ser observada dissecação em forma de colinas, sobretudo nas elevações de cotas, mais significativas, valendo ressaltar a ocorrência de relevo cárstico - a nordeste do município, ocupando costas altimétricas de torno de trezentos metros de altitude, sem contudo representar tensão territorial muito significativa.
Ressalta-se, por fim, a insignificante variação climática existente dentro do município, sobretudo, em decorrência da topografia regional.
AGRICULTURA
O município de Iracema, em termos de economia rural, encerra condições semelhantes ao contexto sócio-econômico do sertão cearense ou nordestino, apresentando estrutura fundiária com predominância de pequenas propriedades enquadradas na categoria de minifúndios, os quais representam 58% da área destinada à agricultura. Por outro lado, 42% da área a ser explorada fica em poder dos grandes proprietários, no caso os latifundiários.
Apesar da pequena gleba de terra em mãos dos pequenos proprietários, são eles quem praticamente sustentam a produção do município, haja vista que as grandes extensões de terra em poder de reduzido números de pessoas são praticamente improdutivas, ou melhor, representam um baixo grau de aproveitamento econômico.
O município possui uma área agrícola no total de 136.096 hectares, distribuídos entre 1.306 propriedades, devidamente cadastradas.
As terras agricultáveis do município são apropriadas para as seguintes culturas: algodão, milho, feijão, mandioca e frutas, notadamente as cítricas e a banana que abastece grande parte do comércio local.
Mesmo assim, no que se refere aos produtos básicos para alimentação, tais como: milho, feijão e principalmente o arroz, não se produz o suficiente para atender à demanda interna.
PECUÁRIA
Depois da agricultura esta é a segunda fonte de economia do município, com um rebando de vinte e cinco mil bovinos, cinco mil suínos, dois mil asininos, mil e quinhentos equinos, seis mil caprinos e dezesseis mil bovinos.
INDÚSTRIA
A atividade industrial no município ainda é pouco expressiva, considerando que a base econômica deste se encontra no setor agropecuário. O município já possui uma destacada e importante indústria têxtil, caracterizada pelo beneficiamento de fibras de algodão, de óleo, torta e línter, que era mantida pela Cooperativa Agrícola dos Produtores do Médio Jaguaribe Ltda - COOCEMA, que tinha uma área que abrangia além de Iracema, os municípios de Pereiro, Alto Santo e Jaguaribara, tendo lamentavelmente, essa Cooperativa sido extinta e a fábrica, cujo maquinário foi importado da Alemanha, sido vendido.
Existem, porém, pequenas indústrias, na exploração da madeira, couro, peles, confecções e produtos alimentícios.
COMÉRCIO
O intercâmbio comercial é feito com maior intensidade com os municípios mais próximos, tais como: Alto Santo, Limoeiro do Norte, Jaguaribe, Pereiro, Ererê, Potiretama, Tabuleiro do Norte e Russas e com os Estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco.
O comércio local está representado por estabelecimentos varejista e atacadista, sendo o primeiro o que compõe o maior número, face ao pequeno capital empregado.
Os meios de distribuição e intercâmbio desse comércio se realizam através de uma feira- livre, de um centro de abastecimento e do mercado público.
A Feira-livre se realiza aos dias de sábado e nela encontramos a venda, variedades em gêneros alimentícios, miudezas em geral, confecções, etc. A maior parte de feirantes são dos municípios vizinhos, principalmente de Pereiro, Alto Santo e Rio Grande do Norte. O município possui cerca de 140 estabelecimentos comerciais, funcionando atualmente.